sábado, 26 de abril de 2008

Saudade do meu bem...

É noite... e escuto os fogos dos balões. É o barulho invadindo o meu silêncio. Lá longe, ouço alguém cantando Roberto Carlos em uma máquina de videokê. Os carros estão passando na rua e uma brisa boa entra pela minha janela escancarada da sala. E, por fim, eu aqui pensando em bobagens, simplesmente bobagens, bobagens para todo mundo me achar ridícula. Sinto dentro de mim minha alma sofrendo de saudade, uma saudade muito boa de sentir. É a saudade que dói dos poetas loucos apaixonados, que fazem suas melhores poesias no arder de dor.
É saudade ti, meu amor. É uma saudade junto com um amor definitivamente puro, leve e teimoso. Ai, que vontade de ter você por perto e te embalar dentro de mim. Sim, estou pensando em ti, carinhosamente pensando em ti.
O tempo passa tão rapidamente.
Os balões já desapareceram do céu, há menos carros na rua e a canção do Roberto Carlos já não cantam mais.
E você não chega.
Não quero mais pensar em bobagens.

Elisa Lucinda

(...)

Contudo
sempre quis um amor
que me coubesse futuro
e me alternasse em menina e adulto
que ora eu fosse o fácil, o sério
e ora um doce mistério
que ora eu fosse medo-asneira
e ora eu fosse brincadeira
ultra-sonografia do furor,
sempre quis um amor
que sem tensa-corrida-de ocorresse.

Sempre quis um amor
que acontecesse sem esforço
sem medo da inspiração
por ele acabar.

Sempre quis um amor
de abafar,(não o caso)
mas cuja demora de ocaso
estivesse imensamente
nas nossas mãos.

Sem senãos.

Sempre quis um amor
com definição de quero
sem o lero-lero da falsa sedução.

Eu sempre disse não
à constituição dos séculos
que diz que o "garantido" amor
é a sua negação.

Sempre quis um amor
que gozasse
e que pouco antes
de chegar a esse céu
se anunciasse

Sempre quis um amor
que vivesse a felicidade
sem reclamar dela ou disso.

Sempre quis um amor não omisso
e que suas estórias me contasse.

Ah, eu sempre quis uma amor que amasse.
Elisa Lucinda



ahhhhh, eu querooooo!!!


quinta-feira, 24 de abril de 2008

Impulsiva,Eu?

Será que é bom ser impulsiva??? Seja qual for a resposta, eu sou. Quando vejo, nem reflito, já falei, já me entreguei, já expus o meu segredo, já era.
Resultado: Ou me dou bem ou me ferro de vez, até porque às vezes o impulso depende da intuição, e a intuição também falha. Sei lá se é intuição ou se é imaturidade. Só sei que continuo teimando e seguindo meus impulsos. Ora, não consigo controlá-los. O que espero é acertar mais que errar ou então amadurecer, me tornar uma pessoa mais equilibrada, sensata. Para dizer a verdade, não sei o que é melhor, pois os erros fazem parte, erramos pra acertar algum dia. Mas confesso que os meus impulsos de alguma forma me dão prazer, mas ainda pretendo ser adulta um dia. Ou não.

domingo, 6 de abril de 2008

um pouco de Clarice

"Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes… tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer:- E daí? Eu adoro voar!Não me dêem fórmulas certas, por que eu não espero acertar sempre. Não me mostrem o que esperam de mim, por que vou seguir meu coração. Não me façam ser quem não sou. Não me convidem a ser igual, por que sinceramente sou diferente. Não sei amar pela metade. Não sei viver de mentira. Não sei voar de pés no chão. Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra sempre”.